segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Ericeira




Ericeira



Já algum tempo tenho vindo a pronunciar-me sobre a vila da Ericeira, achei por bem falar mais um pouco desta linda vila, claro que será mais para quem não conhece...
A Ericeira é uma vila turística situada a 35 km a noroeste do centro de Lisboa, a 18 kmde Sintra ea 8 km de Mafra. É uma freguesia do concelho de Mafra. Com muita história e um presente com muita actividade.





História

Vila muito antiga, presumivelmente local de passagem e instalação dos Fenícios.
Reza a lenda que o nome Ericeira significa, na origem, "terra de ouriços", devido aos numerosos ouriços-do-mar que abundavam nas suas praias. No entanto, investigações mais recentes apontam o ouriço-cacheiro e não o do mar como inspirador do nome. Com a descoberta de um exemplar do antigo brasão da Vila, hoje no Arquivo Museu da Misericórdia, confirmou-se que o animal ali desenhado é, de facto, um ouriço-cacheiro.
A história da Ericeira remonta, assim, a cerca de 1000 a.C.. O seu primeiro foral data de 1229, concedido pelo então Grão-Mestre da Ordem de Aviz, Dom Frei Fernão Rodrigues Monteiro, que assim instituiu o Concelho da Ericeira.
É na carta de foral que surgem as primeiras referências aos pescadores da Ericeira, estando bem presente o cuidado do legislador em acautelar os direitos e deveres dos que se encontravam sujeitos às tutelas dos donatários No século XIII, a baleia, toninha e delfim eram as espécies mais pescadas, tendo dado lugar, já no século XVI, à raia, ao rodo valho e à pescada. Em 1547, D. João III concede aos pescadores ericeirences a permissão de venderem o peixe "a olho" e não "a peso", costume que ainda há trinta anos se mantinha.
Novas cartas de foro concedidas por D. Afonso IV, em 1369, e por D. Manuel I em 1513, vieram dignificar a vila concelhia, doada pelo mesmo D. Manuel ao infante D. Luís e por este ao seu filho natural D. António, prior do Crato, forte opositor à tomada do poder real por Filipe II de Espanha. Em 1589, no Forte de Milreu, D. António fez uma gorada tentativa de desembarque de tropas com o objectivo de conquistar o poder.
Em 1855, na sequência de uma reordenação administrativa do território, a Ericeira deixou de ser concelho para ficar na dependência de Mafra, sede concelhia até aos dias de hoje.
A Ericeira conheceu no século XIX, a sua época áurea, enorme incremento, pois foi o porto mais concorrido da Estremadura, com alfândega, por onde se fazia o abastecimento de quase toda a província. A antiga importância comercial tem hoje correspondente no notável movimento turístico, resultante da situação e do clima privilegiado de que goza. O embarque para o exílio da família real portuguesa, episódio que assinala o termo do regime monárquico nacional, fará sempre do porto da Ericeira um dos locais mais dramáticos da geografia do concelho de Mafra.



A importância do porto

Deve-se ao porto da Ericeira o desenvolvimento da vila, noutros tempos habitada quase só por gente do mar, que formou durante muitos séculos um grupo étnico geográfico denominado Jagoz, diferente dos restantes habitantes da região Saloia. O movimento comercial do porto da Ericeira tornou-o num pólo fundamental da economia da região. Relatos datados de 1834 dão conta que nesse ano ali fundearam 175 embarcações, que ora transportavam produtos para a vila principalmente cereal que de ali eram distribuídos para o interior do país, ora os exportava para os portos do Algarve, ilhas e outros - especialmente vinhos e seus derivados.
A Alfândega da Ericeira abrangia então uma área que se estendia de Cascais à Figueira da Foz, sendo o seu porto considerado o 4º mais importante do país, atrás dos de Lisboa, Porto e Setúbal. Com a construção do caminho de ferro do Oeste e o desenvolvimento dos transportes terrestres, o porto da Ericeira foi perdendo importância. Nos finais do século XIX instalaram-se na vila armações fixas de pesca da sardinha que vieram alterar as antigas características piscatórias, mas que tiveram um papel socioeconómico importante, chegando a empregar, só na faina do mar, à volta de 500 homens.











A fuga do Rei
O episódio da fuga de D. Manuel II para o exílio, da Praia dos Pescadores, na Ericeira, tornou-se num marco da história da vila no último século. Eram cerca das 15 horas do dia 5 de Outubro de 1910 quando D. Manuel II, então com vinte anos, acompanhado da mãe, a rainha D. Amélia, e da avó, a Rainha D. Maria Pia, vindos de Mafra, surgiu de automóvel na vila para embarcarem no Iate D. Amélia, fugidos da revolução republicana que estalara na véspera em Lisboa.






Turismo



Mas se a vila deixou ao longo do século XIX de ser um entreposto comercial, nunca perdeu a visita de "forasteiros", e turistas  desta vez de veraneantes  que passaram a procurá-la devido às suas características climáticas e ao alto teor de iodo das suas praias. Charles Lepierre, engenheiro químico, considerou-as, há cinquenta anos, como "o fulcro da maior concentração de iodo de toda a costa portuguesa". Hoje, a Ericeira continua a ser uma das zonas do litoral do país mais procuradas para banhos


Hotel da Ericeira

Discoteca o Ouriço 

Praia dos Pescadores mesmo no centro da Ericeira 

Ruas estreitas típicas da Ericeira   







O Surf na Ericeira


A Ericeira é tão bem conhecida em termos de surf devido às ondas da zona, que os surfistas dizem ser diferentes. Tem praias muito conceituadas para a prática do surf como a Ribeira de ilhas (reserva mundial do surf), praia dos coxos, entre muitas outras. Também e bastante praticado o kyte-surf, windsurf, bodyboard e surf com remo. A Ericeira é de resto a 1ª reserva mundial de surf da Europa e 2ª do mundo. Esta vila também muito visitada por turistas e boa para os banhistas tendo bastantes hotéis e praias de boa qualidade como a praia dos pescadores, praia do norte e do sul praia de São Lourenço entre outras.






As festas tradicionais por volta de 15 de Agosto de N. Senhora da Boa Viagem, que se realiza no mae pelas 22 horas











Volto em breve com muitas surpresas :))


Beijinhos a todos :)





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